A estrutura é dirigido pelo criador do Google Glass e também estuda soluções para o negócio de varejo da empresa
A Amazon tem um laboratório secreto que busca sempre novas soluções para entregas até a cura do câncer. Chamada de Grand Challenge (Desafio, em tradução livre), a iniciativa ganhou corpo e mais de 50 colaboradores, a partir de 2014, e tem em sua liderança Babak Parviz, um engenheiro criador do Google Glass, segundo apurou a CNBC.
A rede norte-americano conversou com várias pessoas que fazem parte do grupo, sob a condição de anonimato. E descobriu que vem recebendo recursos crescentes dentro da empresa de Jeff Bezos, tendo objectivos que vão muito além dos benefícios comerciais. “Um posto de trabalho oferecido internamente cita o astrônomo Carl Sagan: ‘Em algum lugar, algo incrível está esperando para ser conhecida'”, descreve a emissora.
Uma Parte considerável da pesquisa é a área da saúde, incluindo uma colaboração com o Centro de Pesquisa sobre o Câncer Fred Hutchinson, em Seattle. A intenção seria a de desenvolver uma nova forma de machine learning que ajude a evitar e, quem sabe, desenvolver tratamentos mais eficazes contra o câncer.
Em outro projeto, chamado internamente de Hera, e os dados “brutos” de exames e registros médicos são analisados para identificar possíveis erros de diagnósticos médicos. O software realizaria cruzes que os médicos normalmente não fazem, e poderia servir para que as companhias de seguros de saúde tenham resultados mais precisos em suas avaliações sobre as condições médicas dos pacientes.
O projeto Hera é um dos que se encontram em etapas mais avançadas dentro do laboratório, com as investigações, iniciadas há três anos. De acordo com fontes da CNBC, já há previsão para o teste em algumas seguradoras do país.
Há ainda estudos que se adaptam às necessidades do modelo de negócio atual da empresa. A chamada “última ponta de entrega” (last-mile delivery), ponto considerado o mais caro do processo logístico de vendas por comércio eletrônico, vem tendo novas soluções testadas.
Algumas possibilidades são a entrega dentro da casa do cliente, quando este não está presente, ou no porta-malas dos carros do consumidor. Em ambos os casos, isso implicaria algum tipo eletrônico de autorização a que apenas o motorista teria acesso.
Fonte: Época Negócios